sexta-feira, 27 de março de 2009

Brancos ainda são maioria nas universidades

Ainda está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania o projeto de Lei da Câmara que concluí a instituição de cotas raciais para o ingresso nas universidades públicas. O poder legislativo ainda precisa examinar o projeto de lei antes de ser caminhada ao Plenário.

Em audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa na semana passada em Brasília, o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, que defende o projeto e lembrou que a sociedade brasileira foi constituída de forma desigual, uma vez que a abolição da escravatura não foi acompanhada de adequadas políticas de apoio aos negros libertados. Assim, em sua opinião, o projeto das cotas é importante para o país, já que agora "o Estado precisa tratar de forma desigual essas desigualdades".
O secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Vieira Abramovay, também defendeu as políticas afirmativas para ingresso nas universidades brasileiras. Ele afirmou que o Estado deve dar proteção igualitária a todos os brasileiros, mas, segundo salientou, em algumas circunstâncias isso pressupõe tratamento diferenciado às pessoas.

Para Abramovay, as ações afirmativas que visem à igualdade social não são inconstitucionais, como declaram alguns teóricos que debatem o tema e argumentam que elas são discriminatórias em relação às diferentes parcelas da população. “Um sistema de vestibular que coloca na universidade 80% de brancos não trata com igualdade.

Em 2008, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 3,9% da população de pretos e pardos com mais de 25 anos tinha ensino superior completo. Entre os brancos, o percentual é três vezes maior: 12,6%.

Whites are still majority in universities

Still in the Commission on Constitution, Justice and Citizenship Project of the Law of the Board concluded that the imposition of racial quotas for admission in public universities. The legislature still must examine the bill before walking to the plenary.

On hearing the Commission on Human Rights and Legislation Participatory last week in Brasilia, the Minister for Racial Equality, Edson Santos, who supports the project and noted that Brazilian society was composed of unevenly, since the abolition of slavery was not accompanied by appropriate policies to support black released. Thus, in his view, the dimensions of the project is important for the country, because now "the state needs to address these inequalities so unequal."

Secretary of Legislative Affairs of the Ministry of Justice, Pedro Vieira Abramovay also defended the affirmative policies for admission in Brazilian universities. He said the state must give equal protection to all Brazilians, but according noted, in some circumstances this requires different treatment to people.

To Abramovay the affirmative actions aimed at social equality are not unconstitutional, as some theorists claim that discuss the issue and argue that they are discriminatory in relation to different parts of the population. A vestibular system that places the university 80% of whites does not deal with equality. In 2008, according to the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), 3.9% of the population of black and brown over 25 had completed higher education. Among whites, the percentage is three times higher: 12.6%.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

PAC vai investir até R$ 1,148 trilhão

Como vai estar o Brasil após o trilhão de reais que está previsto em obras do PAC? Ontem, a provável futura candidata a eleição presidencial do PT, Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda Guido Mantega anunciaram os valores e obras que serão concluídas até 2010. Através do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, o governo anunciou um acréscimo de R$ 142,1 bilhões totalizando R$ 646 bilhões até 2010. Outros R$ 502 bilhões foram acrescentado para o período após 2010, totalizando assim 1,148 trilhão de reais!

De fato, é um anúncio preocupante e ao mesmo tempo esperançoso. Preocupante porque o mundo está em crise e a indústria já deu sinais de fraqueza, quando anunciou a queda de 12% na produção no mês de dezembro. O anúncio é esperançoso porque nada melhor do que ouvir a palavra bilhão de reais, que dá a idéia que o país vai decolar, e que a minha e a sua vida vai melhorar. Outro ponto que preocupa e questão de gestão. Isso porque há décadas ouvimos as notícias de desvios de verbas do projeto tal e por aí vai. O governo precisa de uma gestão eficiente que dê agilidade aos projetos anunciados, assim como na iniciativa privada. O que se espera até lá e um país mais estruturado e competitivo, deixando o termo “custo Brasil” uma expressão do passado

PAC will invest up to R$ 1.148 trillion

How will be Brazil after trillion of reais expected with PAC? Yesterday, a likely future candidate for the presidential election of the PT, Dilma Rousseff and Minister of Finance Guido Mantega announced values and works to be completed by 2010. Through the Growth Acceleration Program - PAC, the government announced an increase of $ 142.1 billion total of U.S. $ 646 billion by 2010. Other U.S. $ 502 billion was added to the period after 2010, amounting to 1,148 trillion so real!

In fact, an announcement is worrying and hopeful at the same time. Worrisome because the world is in crisis and the industry has given signs of weakness, when it announced a 12% drop in production in December. The announcement is hopeful because nothing better than hearing the word billion reais, giving the idea that the country will take off, and that my and your life will improve. Another point of concern is the issue management. That's because for decades we heard the news of diversion of funds from this project and so on. The government needs an efficient management to provide flexibility to the projects announced, as well as in private enterprise. What is expected by then and a more structured and competitive country, leaving the word "Brazil cost" an expression of the past.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Brasil deverá assinar acordo com a França para construção de usinas nucleares

Brasil e França assinarão na próxima semana um acordo de cooperação científica e tecnológica na área de defesa, civil e energia nuclear. Na área de energia, o acordo prevê a construção de seis a oito usinas nucleares, em dez anos, previstas no Plano Nacional de Energia 2030, elaborado pela EPE, órgão veiculado ao Ministério de Minas e Energias.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o francês Nicolas Sarkozy se reunirão para a Cúpula entre a União Européia e o Brasil, que ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 22 e 23 de dezembro. Na agenda de cooperação dos dois países, está a aquisição de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear. Na área civil, está previsto acordos para desenvolvimento de satélites para atuação na Amazônia, em especial para detectar ações de desmatamento e controle do tráfego aéreo.

O setor nuclear é considerado o mais estratégico no programa. O plano prevê a nacionalização completa do ciclo desse combustível e a construção dos reatores. Na agenda de cooperação dos dois países estão negócios que envolvem a construção no Brasil, de seis a oito usinas nucleares, incluída Angra 3, com transferência de tecnologia. Ainda na agenda da cúpula, está previsto um concerto para celebrar o lançamento do Ano da França no Brasil, com a presença do presidente Lula.

Brazil will sign agreement with France to build nuclear plants

Brazil and France next week sign an agreement on scientific and technological cooperation in the area of defense, civil and nuclear energy. In the area of energy, the agreement provides for the construction of six to eight nuclear plants in ten years, under National Energy Plan 2030, prepared by EPE, body running the Ministry of Mines and Energy.
The Presidents Luiz Inácio Lula da Silva and French Nicolas Sarkozy will meet for a summit between the EU and Brazil, which take place in Rio de Janeiro on 22 and Dec. 23. On the schedule of cooperation between the two countries, is the acquisition of four conventional submarines and a nuclear propulsion. In the civil area, is expected agreements for development of satellites for action in the Amazon, especially to detect actions of deforestation and air traffic control.
The nuclear industry is considered the most strategic in the program. The plan provides for full nationalization of the fuel cycle and construction of the reactors. On the agenda of cooperation the two countries are involving the construction business in Brazil, from six to eight nuclear plants, Angra 3 included, with transfer of technology. Also on the schedule of the summit, there will be a concert to celebrate the launch of the Year of France in Brazil, with the presence of President Lula.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Quer entender? fale com a Mirian

Que a imagem dela transmite confiança e imparcialidade todos concordam. Quando se fala em Mirian Leitão - jornalista de economia do jornal O Globo e colunista/apresentadora da TV Globo e GloboNews - pensa-se em economia. Em tempos de bolsa caindo e dólar voando, a Dra. Mirian dá a palavra certa, para que nós, leigos no assunto, possamos entender o que está na primeira capa de todos os jornais do mundo nos últimos dias.

Veja abaixo esse interessante post de hoje em que ela fala do economista que previu a crise:

“O economista Nouriel Roubini, o bola de cristal de ouro do mundo, que previu tudo isso que está aí, mandou para seus clientes uma análise demolidora sobre os próximos riscos. O que pode acontecer de pior a um sistema financeiro? O risco sistêmico. Pior que isso só um risco sistêmico global. É o que ele acha que pode acontecer agora. O que de pior pode acontecer à economia real? Uma depressão. Pois esta palavra está na análise dele.

O pior de Roubini é que quando ele previu a recessão, a crise financeira e a quebra de instituições até como a gigante Fannie Mae e Freddy Mac ele foi ridicularizado pelos economistas do mundo inteiro. Riram dele. Isso foi em 2006. Em 2007, ninguém mais achava muita graça, mas a frase mais comum sobre que ouvi de alguns bons economistas brasileiros é: até relógio está certo duas vezes por dia. O pior de Roubini é que ele tem estado certo o tempo todo. E agora dobra a aposta. "O mundo está em um severo risco de um derretimento financeira global sistêmico e uma severa depressão global".

Ele acha que por isso é necessário uma ação urgente global. Como o G-7 está reunido neste fim de semana, quem sabe eles são tomados pelo sentido de urgência.
Quando ele fala global, ele está falando principalmente de "Estados Unidos e economias desenvolvidas". Ufa! nunca gostei tanto de não estar na lista dos países mais ricos. O problema é que os Estados Unidos, Europa, Japão, Canadá, Austrália, Nova Zelândia representam, ele lembrou, 55% do PIB mundial e por isso afetarão todos os outros países se entrarem todos em recessão.
-Por isso, mesmo países com bom desempenho como os Brics - Brasil, Russia, India e China, estão sob ameaça de um "hard landing" ( uma queda forte e rápida do nível de atividade).
A tese dele desde o começo é que existia um sistema bancário na sombra. São os fundos, bancos de investimento, brokers dealers, não bancos emissores de hipotecas, firmas de private equities, tudo aquilo que estava fora do radar das autoridades. Ele disse que agora está se vendo um desmonte desse sistema das sombras e isso é que está por trás da queda livre das ações e da paralisação do sistema bancário com as taxas de riscos subindo muito e os negócios parando.

Previsões pessimistas têm uma vantagem: alertam as autoridades para o tamanho do risco e por isso ajudam a prevenir o pior. Essa é a grande vantagem de Roubini, que tem sido o mais pessimista dos economistas do mundo e tem acertado com uma precisão de relógio, infelizmente. Em parte porque quem deveria levá-lo a sério ainda não levou. Acham que ele é um exagerado”.